segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

  • Crises existenciais.

Dentro da própria vida não há vida, somos pouco delicados, não prendemos a atenção nas coisas que valem realmente a pena, somos escorraçados por quem gostamos, somos diariamente surpreendidos por governantes de meia tigela que só se importam com o que lhes cai na mesa, somos confrontados com a miséria e a fome nas ruas, somos bombardeados por notícias que nos tiram o sono a nível nacional e nos provocam insónias a nível mundial.
Somos frouxos, não sabemos dizer não, não sabemos bater o pé, não sabemos dar o grito na hora certa, não sabemos fazer as escolhas correctas, não conseguimos olhar no espelho, olhar os nossos próprios olhos e dizer chega.
Que se lixem todos com uma lixa bem grossa e até a revolta de não sabermos ser e mais a vontade que fazemos aos outros e mais todos os que não nos deixam viver e nos prendem a olhar para trás com medo do que possam pensar ou receio do que possam dizer.
A vida só é vida se formos livres e se amar nos trouxer sonhos, porque pobres daqueles que dizem amar e nem sequer sabem o que isso é.
Deixem-me viver num País digno, deixe-me ser livre e deixem-me amar, tudo ao meu jeito, com os meus quereres e minhas verdades, os meus prazeres e as minhas vaidades e não me façam ter vergonha, nem pensar que os bébés chegam nos bico das cegonhas.
A vida desconcerta-me, as pessoas desiludem-me e eu não perco a mania de ser uma apaixonada em todas as madrugadas.

AC ________ Alice Coelho

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