domingo, 28 de junho de 2015

 Há palavras que são coisas......


Há palavras que nos enchem a alma, nos acariciam o corpo, nos abraçam o tempo e nos beijam com sofreguidão cada canto de nós, cada poro da nossa pele, cada respirar da nossa boca, cada toque sentido, cada sopro invadido, como se longe fosse perto, de paradeiro incerto, empurrados pelo vento e cada dia que passa fosse  um acrescento de vida seguida e sem medida.

AC _______ Alice Coelho

sábado, 27 de junho de 2015


 O meu Amor é vermelho !!!!


O meu amor é vermelho, é cor de sangue e paixão, arde-me na pele, queima-me o corpo e lambuza-me a alma de beijos a transbordarem de desejos.
Tua voz é fogo, tua língua labareda, teu sorriso malicioso, tuas mãos dedilham o delírio do toque e a tua boca saboreia em murmúrio os segredos que guardamos nas palavras que suamos.
Se não gostares que o nosso amor seja vermelho, também pode ser da cor da esperança ou da cor da confiança.

AC _______ Alice Coelho.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

   És o meu Céu, a minha paixão!!



Em manhãs de nevoeiro, tarde de sol e noite de mar, pés levitando em danças de marés e pousando em areias soltas ou chão molhado pelas ondas bravias que falam de ti, e dos sonhos que te bordam em silhuetas infantis, com beijos de sal e mãos gastas de mentiras, lavadas em espuma de esperma, e palavras construídas na areia, trazidas e varridas, tatuadas nas rochas, em amores que se arrastam e se engolem, se afastam e se removem, se abraçam e rebolam, mergulhados em águas profundas, em esquecimentos que se afundam.

AC ________ Alice Coelho.

quinta-feira, 25 de junho de 2015



Saudades..............

Ter saudades do que nunca se teve, do que nunca se disse, é uma dor maior, sem luz e sem sol, sem brilho e sem a voz do céu a falar de ti.
Saudades de olhar nos olhos, de tocar na pele, de dar as mãos de apanhar sorrisos soltos e envoltos numa atmosfera de ternura onde se não sente fome nem secura.
Quero a vida em pedaços completos, onde não me roubem de mim, e possa pronunciar o teu nome bronzeado de afectos.
Ter saudades de ti é voar pelo azul sem fim e sentir-te no espaço num enorme abraço.

AC _______ Alice Coelho.

quarta-feira, 24 de junho de 2015


Azul do Céu

O céu não limita os sonhos nem a quem escreve os seus sonhos nas nuvens, o céu é apenas o longe onde nos refugiamos para descrevermos o mundo imenso onde cabemos, mas onde não cabem as nossas ideias e os nossos pensamentos.
Podemos ser pássaros, rasgar os céus, pousar nas nuvens, colher estrelas, plantar sonhos e regá-los naquele imenso azul, que de tão azul não nos pertence.
Podemos criar um imaginário bem colorido, um amor sentido ou sofrido, desenrolar esse manto e cobrirmos o corpo do frio, aguarelar  o amor e senti-lo com tanta imensidão que o azul do céu não chega e vai rebolar com o azul do mar, num embrulhar de olhares, num rebolar de corpos, onde o sol queima e a lua besunta os arrepiares de pele, os orgasmos mergulham e os beijos acreditam.
Na medida do meu sutiã, são as tuas mãos e a subtileza de um amanhã. 

AC ______ Alice Coelho.

terça-feira, 23 de junho de 2015



Ontem..... 22!!

Ontem foi o dia do meu aniversário, o dia em que somamos anos à vida e que na vida os anos nos perseguem.
Foi o dia de querer, o dia de viver, o dia de sonhar e o dia de embrulhar sonhos, de armazenar ilusões, de criar fantasias e expelir alegrias.
Foi o dia feito e contrafeito em momentos feitos de instantes, vozes a voar e palavras a embalar, carícias ao vento e gestos de acrescento.
Foram perfumes sentidos e peles feitas poemas, como se me prendesses com algemas ao acelerar do tempo que te acorrenta e da canção que te canta e te acrescenta num olhar desajeitado eternamente acompanhado.
Que o caminho que cruzo seja longo e a estrada seja uma alvorada por nós encontrada.

AC ________ Alice Coelho.

domingo, 21 de junho de 2015


Obrigado!!

Muitas pessoas passam pela nossa vida, umas ficam, outras  vão, outras passam de raspão e outras demoram-se um pouco e partem num instante louco.
Todos ocupam um lugar de destaque, todos chegam na hora certa, mas todos partem em hora incerta e desajustada, em hora malfadada.
De qualquer jeito, todos deixam marca no peito, todos nos deixam uma lição, todos nos ensinaram a crescer e até a sofrer.
Da maioria não foram para sempre e ficaram as lembranças de coisas boas, de feridas que curaram, de lágrimas que secaram, de momentos que se eternizaram, de um ontem que aconteceu, de um hoje que permaneceu e de um amanhã que apeteceu num futuro que adormeceu.
Obrigado a todos e a todos um passado.

AC ______ Alice Coelho.

sábado, 20 de junho de 2015


Surdo ou Mudo!!

Não, não te ouves, mas podes sentir o que se escreve ou o que se lê, podes pensar em vir ou em ir, conforme os caminhos se abram ou se fechem, se achem ou se contenham.
Vai, agarra o mundo tão intenso e fecundo, ama as paisagens e mais as viagens, enfrenta a vida com coragem e numa vasta miragem, constrói a minha imagem e vamos juntos, entre lençóis, colhendo girassóis, contar as estrelas e pintar o amor a aguarelas, com aquelas cores que brotam dentro de nós, brancas e amarelas, num sonho lindo sem amolgadelas.

AC _______ Alice Coelho.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

With or Without

Contigo ou sem ti, o desejo afronta, a vontade amedronta e o querer-te é a forma mais fantástica de ter-te
Contigo ou sem ti, tenho pensamentos libidinosos, línguas trocadas e peles arrepiadas, prazeres ardentes e sexos presentes.
Contigo ou sem ti, quero lábios e quero fogo, quero momentos e devaneios, abraços e amassos e e os sentires por inteiro em instantes escassos e derradeiros.
Contigo ou sem ti, guardo as palavras que me dás, aquelas que me dou, aquilo que tu tens e mais aquilo que te dou, as saudades do amanhã, os orgasmos que pensamos e tudo aquilo que agarramos.
Contigo ou sem ti, sou os sorrisos do momento que foi e de todos os que permaneces.

AC _______ Alice Coelho.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A Voz..........

Guardo todos os momentos, todos os ais, todos os sussurros trazidos pelo vento, todos os toques dos teus dedos, o passar das tuas mãos, o roçar do teu corpo e a tua voz que por cada palavra um arrepio causava.
Chega a voz tranquila que se esconde, em saudades que nascem, em melodias distantes e no olhar de fim de tarde, cada ruído que me acorda em palavras segredadas, são orgasmos sentidos em instantes mal paridos de timbres conseguidos em segredos repartidos.
Se tudo o que me chega na tua fala me embala, adormecerei como criança no teu colo feito esperança.

AC ______ Alice Coelho.

quarta-feira, 17 de junho de 2015




Vem.....

Chega-te a mim, toca-me e incendeia-me o corpo, beija-me e queima-me a boca, devora a roupa que se cola, tatua-me a pele com a língua, provoca-me arrepios, escorrega o corpo em mim e vamos provocar a lua, gritar ao luar, desafiar as estrelas a prevaricar e no olhar lânguido e sensual de quem fala com com o corpo e se molha de desejos, dizer-te que sem ti por perto não há desassossego no além indiscreto.

AC ________ Alice Coelho.

terça-feira, 16 de junho de 2015


 À Noite..........

Todas as noites de insónia, em que me assaltas os pensamentos, me roubas os sonhos, te passeias pelos meus momentos e te instalas no meu coração sem arredar pé, sem me ofereceres beijos quentes e abraços ardentes, tapando-me o frio com silêncios calados e gestos do além em passos traçados, eu escrevo para ti, cartas de amor sem fim, com desejos e paixões, com os sonhos de todas as formas e de cor variadas, de te fazer perder horas saciadas, à espera que chegues no intervalo das palavras que não escrevo para viveres tudo aquilo que te descrevo e de perceberes que de quatro folhas, só o trevo.

AC ______ Alice Coelho.


segunda-feira, 15 de junho de 2015


Não

Não sei a dimensão do meu coração, onde cabem tantas alegrias, tantas emoções e um mundo de paixões.
Não sei como nem porque entraste, mas devo ter esquecido a porta aberta e pela fresta te esgueiraste.
Quando dei por mim já estavas instalado, já tinhas demarcado o teu espaço, já tinhas soletrado a canção, já me tinhas dado atenção e segredado as palavras porque sim e não.
Já tinha sonhado contigo, sonhos eróticos e de enlaço onde os teus braços me sucumbiam o corpo num abraço.
Também sonhei com os teus beijos quentes e ardentes, com os arrepios de pele e outras sensações pendentes, mas que sempre entravas na cena e sempre me transportavas ao delírio nos pensamentos sem martírios.
Gostar é querer e amar, é para além de tudo isso, é ir contra as gentes e contra o tempo e o olhar se encontrar no firmamento, como se em qualquer hora fosse o momento.

AC ______ Alice Coelho.

domingo, 14 de junho de 2015


Há dias, assim.....

Quero o vento no rosto a falar de ti, o sal do mar em beijos molhados, o meu olhar nas areias acastanhadas, os sonhos em céu azul plantados, e os meus braços em aberto para abraçar o mundo e o amor que me chega em palavras de sabores e aromas, de cores e sintomas coloridos em ruas e avenidas na nudez da vida e no vestir da duvida, com orgasmos e entusiasmos, o sol e a lua e nos teus braços, nua.

AC ______ Alice Coelho.

sexta-feira, 12 de junho de 2015


Quero.....

Quero a vida, o sentir, o querer, o tocar
Quero o mundo, o amor, o ter e o olhar
Quero o dia, a luz, o sol e o amanhecer
Quero a noite, o silêncio, os sorrisos e o saber
Quero os campos verdes, as flores e a terra
O mar, a areia, o além, o agora, a paz e o não à guerra.
Quero a entrega, o anoitecer das estrelas, o segredar do teu sopro e o suor do teu corpo e viajar pelas galáxias dos beijos que entontecem.
Quero tudo o que fala de ti, partilhar e fazer parte daquele céu azul que desenha perigos e castigos e nos descreve carinhos e caminhos.

AC _______ Alice Coelho.

quinta-feira, 11 de junho de 2015



Ratazana

Tu, ratazana de esgostos que vais e vens, que dizes e desdizes, que apregoas e silencias, que te fazes crer na religião cristã, que limpas os pecados a rezar as orações que não sabes e limpas os pés às portas das igrejas para vomitares veneno por onde passas, não és pecador que se confessa, és a sarjeta que tresanda, és o demónio que enfeitiça e o tresloucado que atiça.
Não entres em jogos de xadrez, a estratégia pode não ser o teu forte e em vez de jogadas de uma só vez, podes virar o tabuleiro e em vez de rei virares forasteiro.
Não quero dizer o que penso, mas um dia, numa esquina qualquer vamos esbarrar nossos corpos e sentir que os olhares foram mortos.
Dizer que te lixes, fisgar-te de mau olhado, vai-te foder não precisa de bordado.

AC _______ Alice Coelho.

terça-feira, 9 de junho de 2015


Tu.....!!!

Quando por uma nesga do nada te aproximaste, bem de mansinho, como se o acaso tivesse aparecido porque sim, tive vontade de te querer, de te dizer como foi o arrepio da minha pele e de como os beijos não dados deixaram sede e desejo.
O longe, aquele fantasma que sempre nos persegue quando nos sentimos atraídos por alguém, mas não se fala do longe em espaço, porque esse quando gosta, consegue superar as ausências e sentir o calor dos corpos a tocarem as saliências. Falamos da ausência de olhares que não se dão e não se tocam, das palavras que nos afastam e dos gestos que nos empurram.
Não sei se o destino não quis, se ele existe ou se a vida não nos condiz, sei que que a voz se retraiu e o tempo não favoreceu o que nos tirou e o que nos deu.
Sonhei com o toque dos teus dedos na minha pele, com os beijos quentes na minha boca, com o passar das mãos no corpo escaldante, com as palavras que diria e que queria ouvir, mas o acordar do sonho é brusco, o tempo enfarruscou os dias o momento, o teu corpo esconde-se do meu atrás do instante tão escuro como breu.
Amanhã, quando despertares, talvez percebas que o tempo correu depressa de mais, que não volta atrás e que nos perdemos antes de nos encontrarmos.

AC _______ Alice Coelho.


domingo, 7 de junho de 2015


Sempre, é longe de mais......

Quero e não quero, sei e não sei e o tempo lá fora rebola como uma bola de mão em mão, com o bater acelerado do coração.
Imagino, construo, penso, sinto e abotoo-me no medo, desabotoo-me no receio e tudo é escuro e tudo vai e vem e tudo esvoaça no céu e se espezinha no chão, tudo é ferida e arranhão.
Se foste não venhas e se vais não fiques, não quero o que não podes dar e muito menos o que não podes receber, nem a vida em folhas de árvore a abanar nem em ribeiros onde a sede é mais do que beber.

AC ______ Alice Coelho.

sexta-feira, 5 de junho de 2015


Apesar de......

Apesar de não podermos, de querermos de amarmos de perdoarmos..... 
Apesar de ser proibido, de nos trancarem o caminho, de nos afogarmos no tempo.....
Apesar de além parecer impossível, do aqui não ser nem deixar de ser e do agora querer.... 
Apesar de olhar e não ver, tocar e não sentir, de voar, de gritar e não ouvir......
Apesar de calar e silenciar, de dizer e de sentir, de ontem e apesar de amanhã.....
Apesar de tudo e nada, de mim e de ti, do sonho e da realidade, do ser e da verdade......
Amanhã, pode ser longe demais!!!

AC ______ Alice Coelho.

Olha....

Olha 
Estremeceste-me o peito, deixaste-me sem jeito, senti o sol nascer e a vida acontecer, a caneta desliza pelo papel branco, as palavras jorram pelo flanco, o caminho parece cruel, saltando de fogueira em fogueira, não sou mulher solteira, nem vizinha alcoviteira, sou coração ausente, de corpo carente armazenado de derrotas, dando cambalhotas e sentindo que o mundo é feito de reviravoltas.
São os olhares que te cobrem e os abraços que te acolhem que te lambem e te consolam. 

AC ______ Alice Coelho.


No tempo.

Somos instantes num tempo mal aproveitado, que passa carregado de dúvidas e medos, de sombras e fobias, de abraços não dados, de segredos e lamentos, calados e mal amados, escondidos e perdidos, isolados e ousados em gemidos amanhecidos, num sonho longo e atrevido pelas minhas mãos descrito, cansado, indevido e sem alarido.

AC ______ Alice Coelho.

quinta-feira, 4 de junho de 2015



Lá, na lua.....

Chegaste de mansinho, bem devagarinho, instalaste-te como se conhecesses o lugar, e eu acolhi-te com a janelas abertas depois da porta se ter fechado com o vento em dia de tempestade, como se fosses a minha necessidade.
Estejas tu onde estiveres, vamos marcar encontro na lua, onde para ti ficarei nua de olhares e sentires, onde os suores se confundem e os gestos se difundem, onde as mãos viram testemunhas dos corpos embrulhados  e os orgasmos assinaturas de amores desencadeados.
Perto ou longe da lua, perto ou longe de nós, desinquietas-me e aquietas-me, desassossegas-me e sobressaltas-me, espantas-me e confundes-me, perturbas-me e estonteias-me.
Amar não é vencer nem triunfar, é arriscar é viver, é atrever-se, é esperar que o mútuo aconteça.

AC ______ Alice Coelho.

terça-feira, 2 de junho de 2015


Ser Criança

Não cresci depressa de mais, não me perdi na infância que vivi, colhi sorrisos que eram flores e na pele respirava amores.
Não sei o que é fingir nem sei morder ou mentir, sei ser cristalina como a água que jorra da fonte e acredito na vida que me querem dar e no mundo que eu procurar.
Sei que a estrada é longa de mais, que os caminhos se estreitam, que os sonhos nunca são iguais, que as pedradas são maldades que rejeitamos e que as esperanças residem nas lembranças que apertamos no tempo em cores misturadas e ritmadas nos corações de crianças perdidas cheios de feridas.
Ser criança é viver num conto de fadas, onde as histórias são encantadas e todas as crianças são bem amadas.
Gosto de ser criança em cada dia, mesmo que tenha de pagar a factura de não ter assinatura e ser confundida com a abreviatura.

AC  _______ Alice Coelho

Dedico a todas as crianças e a todos os adultos que continuam a sustentar essa criança dentro de si.... mas a um Pedro e a uma Joana que fazem parte da condição Humana.....  L ♥ ve 


segunda-feira, 1 de junho de 2015


Diz-me........

Diz-me que me gostas, que estou sempre presente, que não me sentes ausente, que sentes o meu vibrar e que por mim te sentes voar.
Diz-me que me queres, que o meu perfume te entranha, que a distância te estranha, que as pressas são pesares nos dias que vão passando e que lamentas dizer não.
Diz-me que a vida é ingrata, e que os dias são injustos, que as palavras são de prata e os beijos são à justa.
Diz-me que o tempo é o teu herói, que o desejo nos constrói, que lugares vazios são imensos e que não há quem os preencha, que eu sou porque queres que seja e que não há tela que se pinte de inveja.
Diz-me que que me pensas e me queres, que não há outras mulheres, que me acolhes e recolhes, que me lembras e me celebras em cada pensamento que me levas.
Diz-me que amanhã serás meu, que vamos chegar ao apogeu, que o meu véu é o teu céu e que o meu nome está nas estrelas que te adormecem e te acordam enquanto o amor e o desejo transbordam dentro do peito.
Diz-me que as tuas palavras não são ocas, que não tenho orelhas moucas e que as tuas mãos sabem a sémen e as ruas por onde passas cheiram ao meu perfume, loucas e nuas.
Diz-me num travo de verdade, que tudo é liberdade barrada de saudade.

AC ______ Alice Coelho.